quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Impressões

Relato de W. Campos depois de assistir ao nosso espetáculo em cartaz até 27 de outubro de quinta a domingo no Sesc Santo Amaro

As marcações, a triangulação, as cores pálidas e neutras da 2ª guerra de Sartre, retratadas por todo o espetáculo, os braços languidos e tao expressivos de inexpressivos movimentos, o estado cênico catatônico e quase que constante, as luzes frias, a geometria e posicionamento dos móveis, a imensidão do vazio no olhar, a tensão física como num exercito alemão expressada pelo corpo da atriz Cris Couto, a jovem atriz Sabrina Greve em pura entrega, a presença cênica e quase mediúnica de Ando Camargo, o mordomo, vestido com jaleco branco, como um louco psicanalista ouvinte dos divans, e Daniel Infantini, monumental, já era admirador do trabalho dele ( Pillowman ), fizeram com que o texto chegasse gritante, rasgante aos nossos ouvidos!

Obrigado

No exit

Se apoiam nas alucinações
Cachaça da alegria
E no dizer
Eu quero mais eh divertir
O vazio como ressaca
A busca do preenchimento
No outro que se sobrecarrega
Os paraísos artificiais
Se apoiam nas lâmpadas
E não na luz natural
A campainha funciona
Para o despertar
Mas não dura muito
E quando cruzo meus braços
Enquanto um inimigo atira sobre mim
Sou herói ou sou covarde?
Coragem ou fuga?
E quando estamos sem espelhos
Nos tocamos
Mas parecemos não nos sentir
E ela não chora
Para não borrar o rímel
O imen
E sermos colocados todos juntos
Vocês acreditam no acaso?
O inferno são os outros!
E mesmo com os outros
Já temos muito a nos preocupar
Com nos mesmos
Para termos que cuidar dos outros
Mas estaremos juntos para sempre!
Sem saída!!!!
As vezes estamos vestidos e estamos nus...
As vezes estamos nus, mas estamos completamente vestidos....
E caímos do coracão das pessoas
como um pássaro novo caindo do ninho!!!
Mas a queda nos mostra a altitude
E a asa como ferramenta, nos forca a voar!!!
Fugir ou explorar
Depende do ponto de vista
E enquanto uns chupam seus charutos
Engolindo o liquido mais caro da ultima safra
Vivemos entre quatro paredes

W.C
06.10.13

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